Final de semana ta aí, nos fazendo lembrar de encontros amorosos, momentos de prazer, de doçura, de romantismo – com namorados ou whatevers – e aquela situação sempre meio constrangedora quando se está num bar ou restaurante, as cadeiras já estão sendo empilhadas em cima das mesas e chega a conta. Se a bebida ingerida durante a sessão não tiver sido o suficiente, pode rolar uma torta de climão.
Em poucos minutos o garçom traz a maquininha da rede e questionamentos carregados de stress começam a passar pela sua cabeça: será que o cara vai pagar? Será que eu deveria pagar só minha parte? Ou tudo? O certo é a gente dividir? Até Confúcio ficaria confuso.
Estamos num momento de transição (em relação a direitos iguais pra ambos os sexos), então existe um comportamento que sempre foi e um que está começando a ser. No caso da conta, alguns homens ainda fazem questão de pagar tudo, ou pelo menos nas primeiras vezes (quando vocês ainda não pedem muita coisa e a conta fica baratinha, hun #estamosdeolho), e existem aqueles que não se importam em dividir. Aliás até sugerem que a conta seja dividida. Mesmo que ele tenha tomado 11 cervejas e você duas – já demonstrando ser um cara que filósofos gregos definiriam como: zé ruela. Ou John Armless (João-sem-braço). E sobre essa atitude nem vai valer a pena desenvolver um raciocínio aqui.
“Crédito ou débito?” – O garçom tá perguntando gente, vamo resolver logo isso.
Existe uma técnica milenar que eu costumo usar quando me sinto meio pressionada. Chama-se feeling – do mais puro, sincero e bruto. Você tem que sentir a situação e a pessoa. Por isso digo que não ha uma regra exata. Saia de casa sempre com o intuito de dividir ou pagar a sua parte (até por isso você tem que escolher um lugar que possa pagar), mas tendo em mente que existem situações específicas. As vezes você sabe que o cara tá meio sem grana, ou ele foi super bacana com você em algum momento – não vejo porque não pagar tudo ou a maior parte. Alguns caras fazem ques-tão de pagar tudo, o que também é aceitável. Muitos dirão que isso ainda faz parte de uma cultura machista, mas não sei até que ponto pode ser só gentileza.
Aliás, isso mesmo. Gentileza.
Você pode se aproveitar desses encontros pra praticar essa atitude bonita de se ver. Não querendo forçar, mas acho que as relações podem ficar bem mais fáceis se a gente não pensar só no nosso conforto, mas também no de quem está com a gente. E quando você sai de casa com o conceito de gentileza no bolso and na vida – seja você mulher ou homem, num encontro amoroso ou até mesmo com amigos e família – pode ser muito positivo pra todas as partes. Porque afinal – gentileza gera gentileza!
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Texto incrível!!! Lindo mesmo, Juris! Sempre fico refletindo depois…
Parabéns!!!!!!
Beijos de uma pessoa que te admira pra carajo: Luris 😘❤️
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Awn, obrigada Luris!! Sua lindja, sempre me dando fuerza pra escrever! <3
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Sempre fui muito feminista em relaçao a isso, mas mudei!
Antigamente achava q eu tinha a obrigacao de pagar a minha parte, me mostrar independente e que se eu nao pagasse estaria errada..
Hoje em dia vejo a situacao com outros olhos, as vezes se é importante pro cara pagar a conta, voce pode retribuir de outras formas.. por exemplo, surpreende-lo uma sexta anoite com uma garrafa de vinho! coisas do tipo.. acho q nesse caso a questao deixa de ser financeira mas como voce falou.. questao de gentileza!
E concordo e acho bacana “dividir gentileza”
Parabens pelo texto! ;*
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Poxa, muito obrigada! Legal ver que você se identificou (:
Acredita se eu te falar que sempre pensei da mesma forma que você?
Mais do que feminista, sempre fui muito orgulhosa, nunca gostei de aceitar “favor” de ninguém. Mas isso acaba nos tornando meio “bicho-do-mato” as vezes, né? O ideal é achar o equilíbrio mesmo e não se cobrar demais :D
Dei uma lida em seus textos também e gostei bastante. Podemos discutir mais sobre esses assuntos, seja sempre bem-vinda! Beijos
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Com o público Masculino é a mesma duvida, só saio em situações que eu posso pagar tudo, se eu tiver apertado não vou falar, mas não vou negar dela pagar a parte que ela consumiu.
Na real me sinto meio assim quando ela resolve pagar a maior parte, evito, dou desculpas, sei que é algo meio besta, mas a sensação de me inferiorizar me persegue, entendo e racionalizo a ponto de achar idiota, mas está lá fruto da minha criação em uma sociedade machista onde o homem é obrigatoriamente o provedor.
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Acho que tudo isso faz parte dessa transição da cultura machista pra uma outra que está começando a aparecer… Entendo sua aflição, mas as coisas estão mudando, as pessoas estão abrindo mais a cabeça!
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